segunda-feira, 21 de maio de 2012

Filosofia na Educação (D25-ED05)


   Talvez seja mais pertinente perguntar: para que filosofia na educação? A resposta é simples: porque educação é, afinal de contas, o próprio “tornar-se homem” de cada homem num mundo em crise.
  Não há como educar fora do mundo. Nenhum educador, nenhuma instituição educacional pode colocar-se à margem do mundo, encarapitando-se numa torre de marfim. A educação, de qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educação todas as variáveis que determinam uma situação. Deste modo, a “Filosofia na educação” transforma-se em “Filosofia da Educação” enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo.Já que a educação é o processo de tornar-se homem de cada homem, é necessário refletir sobre o homem para que se possa saber o “para onde” se deve orientar a educação. É necessário, porém, que esta reflexão não seja unicamente teórica, abstrata, desencarnada. É preciso levar em conta a situação espácio-temporal em que ocorre o processo. Com efeito, não importa apenas o “tornar-se homem”, mas o “tornar-se homem hoje no Brasil”. Só desta forma podemos estabelecer com clareza o que, por exemplo, se tem convencionalmente chamado de “marco referencial”, a partir do qual, numa instituição educativa, currículo, planejamento e atividades podem atingir um mínimo de coerência e de eficiência. 
     Não há, portanto, como fugir à filosofia no campo da educação. Ela se relaciona intimamente  com a função nem sempre levada a sério e, não obstante, fundamental, de avaliar. De fato, a avaliação  resume, de certo modo, ou acompanha, como um  vetor ou como um eixo orientador, todo o processo educacional. Ora, avaliar é emitir juízos de valor e estes implicam sempre, queiramos ou não, consciente ou inconscientemente uma posição filosófica, uma filosofia.

A teoria dos dois mundos de Platão (D25-AVA05)

     Para Platão a realidade se dividia em duas partes, a primeira parte é o mundo dos sentidos do qual não podemos ter conhecimento aproximado ou imperfeito. Já que fazemos uso dos nossos sentidos, nesse mundo dos sentidos, tudo flui, as coisas simplesmente surgem e desaparecem.
    A outra parte é o mundo das ideias, do qual podemos ter conhecimento seguro, se para isso fizermos uso da razão. Este mundo das ideias não podem ser conhecido, através dos sentidos. Em compensação as ideias, ao qual o homem atinge pela contemplação e enganos dos sentidos, são imutáveis e reais.
    Para explicar melhor sua teoria, Platão cria o mito da caverna, onde imagina homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede no fundo.Platão afirma que se um desses homens conseguisse se libertar, e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos ao voltar para a caverna e contasse aos seus companheiros o que viu, seria tratado como louco, os homens aprisionados a vida toda na caverna só conhecem sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.
    Embora tenha deixado algumas perguntas em aberto, ainda incompreendidas é sem duvida um marco pra filosofia. 
    Para Platão é no mundo das ideias que existem as pessoas perfeitas, a justiça, a bondade, a coragem, a sabedoria e etc...Fora disso tudo o que captamos, só faz parte do ser ideal, o mundo sensível, portanto, é um mundo de incompletos e imperfeitos. 
    Portanto para Platão, o ser eterno e perfeito habita o racional, da realidade pura. E os seres imperfeitos vivem no mundo das sombras, das sensações, das aparências e das ilusões da realidade. E todo esse processo, se dá por meio dos acontecimentos, das sombras, e das ideias progressivas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A teoria maiêutica de Sócrates (D25-AVA04)


O método, como é denominado, consiste numa dialética, em que a discussão se desenvolve em dois tempos, a ironia e a maiêutica. A ironia socrática consiste em perguntar, fingindo desconhecer o assunto, com vistas a refutar a tese contrária e preparar a tese verdadeira. A maiêutica de Sócrates conduz o interlocutor a descobrir paulatinamente o conhecimento sobre o objeto de discussão. No caso de Sócrates que suponhava haver ideias inatas, a maiêutica, consistia, mais precisamente em fazer recordar, despertando os conhecimentos virtualmente possuídos. Como métodos, a dialética vinha sendo praticadas pelos últimos pre socráticos, como Zenão de Eléia e especialmente os sofistas. Além disto a maiêutica era caracterizada pela sua concepção inatista, bem como pelo fato de havê-la denominado em função à profissão de sua mãe ser parteira.

O método pedagogizador e a pratica educacional de intersubjetividade (D25-AVA03)

Ao Analisar a filosofia contemporânea, as dificuldades decorrentes da adoção do modelo epistemológico, baseado no pressuposto representacionista que leva a um estilo “pedagogizador”. Ao fazermos propostas para uma filosofia da educação consistente e produtiva, mostraremos os desafios que a superação desse modelo implica. Chama-se de “pedagogizador” porque ele se resume a instruir, reproduzir conhecimento, ater-se a regras normalizadoras. Seu suporte é a consideração de que há dois fatores estanques em todos os processos em que algum tipo de conhecimento seja requerido: um sujeito de conhecimento de um lado, e uma realidade a ser conhecida de outro. A consequência para a educação, bem como em termos de propostas pedagógicas, é a restrição à aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Em contraposição, propomos analisar um modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida num sentido construção de pessoas emancipadas, criativas, autônomas. Chama este modelo de “modelo educacional”. Mas não considera que o diálogo, intersubjetividade, modelo comunicativo, etc. Será ainda preciso mostrar seus pressupostos teóricos, as implicações decorrentes, e principalmente, como ele pode ser aplicado, aliviando as dificuldades pelas quais passa a sociedade, sendo o papel da educação central para compreender essas dificuldades e propor mudanças. Este é um processo complexo, e, evidentemente, a própria educação, especialmente a educação formal, escolar, precisa ser revista com urgência.
O estilo “pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. O papel da escola na sociedade é disciplinar segundo Foucault. Já Habermas propõe um modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas, autônomas. O modelo é chamado de “modelo educacional”. Educar é produzir sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas, cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a ação e não apenas para o exercício.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filosofia Moderna (D25-ED04)


CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA MODERNA


Filosofia moderna é aquela que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII e XVIII, tendo seu início no Renascimento e se estendendo até Emanuel Kant.
Esta filosofia possui algumas características que são consequências da perda de contato com as grandes sínteses surgidas no século XIII, sendo as principais as seguintes:
1Individualismo: quer dizer, a tendência a descuidar da tradição para acentuar o caráter pessoal do próprio pensamento. A filosofia medieval, caída em descrédito, é comumente ignorada ou conhecida superficialmente. Os novos filósofos não crêem que valha a pena obter conhecimentos profundos acerca de uma doutrina que todos consideram superada. Daqui a tendência a construir cada um uma síntese total desde os fundamentos, e daqui também a multiplicidade de sistemas, aliás contraditórios entre si. A atitude de Descartes, como a de Bacon e a de Kant, é a de começar desde o princípio, refazer o todo, ser iniciadores.
Nasce desta maneira uma alteração do conceito de verdade filosófica que se contamina com o de
2Originalidade: contaminação não declarada, mas real. Concebe-se a originalidade mais comonovidade que como 're-pensamento', penetração e desenvolvimento progressivo de um núcleo já discutido e aceito. A filosofia tende, deste modo, a apresentar-se como uma revelaçãouma manifestação da individualidade de cada filósofo, fracionando-se nas várias 'visões de mundo', condicionadas pela capacidade engenhosa de cada personagem e de cada nacionalidade. Parece que se perde o conceito mesmo de verdade e de filosofia como patrimônio necessariamente universal e susceptível a originalidade da filosofia traz consigo outro caráter a mais.
3A liberdade de procedimento: não somente no sentido de independência da doutrina revelada, mas também no sentido de falta de preocupação demonstrativa; as obras filosóficas dos tempos modernos têm uma forma expositiva e, frequentemente, mais que demonstrar, sugerem; mais que persuadir, sugestionam. Isto vai ligado, em parte, também, com o abandono da forma silogística e em geral com o descuido dos procedimentos formais: a escolástica decadente havia abusado deles, a filosofia moderna não os usa.Outros distintivos da filosofia moderna são a crescente tendência a fazer da razão não somente o tribunal supremo, mas também a característica peculiar do homem; sua separação completa da teologia, sendo-lhe muitas vezes até mesmo hostil; o abandono da língua latina, substituída pelas línguas vulgares; a multiplicação dos centros de cultura devido a quebra da unidade doutrinária: a cismundanidade, ou seja, o objeto de estudo passa a ser preponderantemente o mundo de cá, dos homens, abandonando quase por completo a transmundanidade tão presente na filosofia realista; daí, a atenção voltada primordialmente para a Natureza, levando deste modo ao triunfo do ponto de vista do quantitativo e do mensurável.

Correntes filosóficas racionalismo x empirismo x criticismo (D25-ED03)


O racionalismo surge como uma corrente filosófica que consiste na ideia de que as ideias e ações surgem primeiramente através da razão. Diferentemente do empirismo que acredita que as experiências são únicas e formadoras de idéias. O criticismo em si representa a investigação dos fundamentos de conhecimento como a condição para todo e qualquer questionamento filosófico. Para Kant suas metas consistem em chegar a determinar o que o entendimento e a razão pode conhecer encontrando se livres de toda experiência. David Hume se questionava a respeito do conhecimento, ele introduziu de forma clara a distinção entre o conhecimento a priori e a posteriori a que ele chamou de "relações de ideias" e "questões de facto", na ética traçou uma distinção profunda entre fatos e valores, e criticava a religião e seus supostos milagres. René Descartes criticava fortemente sua tese, ele dizia que os costumes, a história, as tradições de um povo influenciavam sim em seus pensamentos e no que acreditavam, René era adepto ao racionalismo diferentemente de David Hume. Francis Bacon dentre outros pensadores como John Locke e David Hume acreditavam que as pessoas tinham suas ideias partir de uma certa experiência sobre os acontecimentos, René já criticava fortemente essa tese, já que para ele, as ideias surgiriam primeiro depois as pessoas com suas próprias ideias e pensamentos desenvolviam suas ações.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Análise do pensamento educacional de Platão e Aristóteles (D25-ED02)

A proposta educacional de Platão não é absurda, ela representa de forma evidente e necessária relação entre política, educação e conhecimento. Aristóteles aponta uma proposta educacional muito curiosa onde cada ser humano, assume sua própria autoconstrução, para ele a  educação leva o ser humano a buscar o meio termo do conhecimento. Portanto para Platão o problema da educação está ligado a justiça e a desigualdade entre os homens, para ele a justiça consiste em determinar a função de cada cidadão dentro de sua sociedade. Platão e Aristóteles influenciaram a educação por meio da virtude, da ética e do conhecimento da vida e da sociedade, onde vivem o aprendiz no seu cotidiano.

O que é ontologia? (D25-AVA02)

Ontologia, um ramo da filosofia baseado, no pensamento sobre o ser, " o ser, quanto ser".